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2/23/2009

Biografia - Quinteto Violado

Formado em Recife em 1971, o grupo instrumental (Marcelo Melo, violão, viola e voz; Toinho Alves, baixo e voz; Ciano, flauta e violão; Roberto Medeiros, percussão e voz e Dudu Alves, teclados) realiza um trabalho de resgate e recriação da música tradicional e folclórica nordestina, utilizando elementos da música erudita. Desde 1972, quando foram apresentados a um produtor por Gilberto Gil, gravaram ou participaram de mais de 25 discos e CDs, apresentando-se por todo o Brasil e em vários países. Realizaram também um trabalho didático, ministrando oficinas de música em escolas pernambucanas. Entre outros discos marcantes gravaram "Berra boi" (1973), "A Feira" (1974), "Folguedo" (1975), "Missa do Vaqueiro" (1976), "Pilogamia do Baião" (1979), "Coisas que Lua Canta" (1983). Vencedores de festivais e prêmios Sharp, criaram, em 1997/8 a Fundação Quinteto Violado, de caráter cultural. Em 1998 foi lançado o livro "Bodas de Frevo - A História do Quinteto Violado", de autoria de Gilvandro Filho.

Biografia - Fafá de Belém

Veio de uma família de classe média alta da capital paraense, e desde criança se destacava nas reuniões familiares com sua voz afinada. Adolescente, fugia de casa à noite para ir encontrar com os amigos nos bares e cantar. Em 1973 conheceu o produtor do Quinteto Violado, Roberto Santana, que a incentivou a investir na carreira de cantora. Seguindo o conselho, se apresentou em alguns lugares no Rio de Janeiro, Salvador e em Belém. O sucesso veio em 1975, quando gravou "Filho da Bahia" (Walter Queiroz) para a novela "Gabriela", da TV Globo. Logo em seguida saiu o primeiro compacto, e em 1976 veio o primeiro LP, "Tamba Tajá", com destaque para o carimbó "Este Rio É Minha Rua". O disco seguinte, "Água", de 1977, consagrou Fafá de Belém, vendendo cerca de 100 mil cópias, a bordo de sucessos como "Foi Assim" e "Pauapixuna" (ambas da dupla paraense Paulo André e Ruy Barata), "Raça" e "Sedução" (ambas de Milton Nascimento/ Fernando Brant). Apresentando-se descalça, com suas interpretações exageradas e se vestindo de maneira a realçar suas formas voluptuosas, conquistou uma legião de fãs. Em 79, lançou "Sob Medida" (Chico Buarque) no eclético LP "Estrela Radiante", onde se equilibrava entre números regionais e urbanos. Na década de 80 Fafá consagrou-se principalmente como cantora romântica, mas nunca deixou de gravar outros estilos, como forró, bolero, guarânias. Em 82, gravou com sucesso "Bilhete" (Ivan Lins/ Vitor Martins). Em 84 ficou famosa como "Musa das Diretas", durante a campanha política pelas eleições diretas, gravando o "Hino Nacional Brasileiro", no ano seguinte, mesmo LP em que incluía um pot-pourri de lambadas, ritmo que se tornaria coqueluche no final daquela década. No fim dos anos 80 dedicou-se à carreira internacional, principalmente em Portugal, onde é bastante popular. Gravou até mesmo um disco só de fados, "Meu Fado", em 92. Em 96, Fafá voltou a gravar cançôes de apelo mais regional como a toada de boi-bumbá de Parintins, "Vermelho" (Chico da Silva), obtendo enorme sucesso no ano seguinte. Outros Sucessos: "Dentro de Mim Mora Um Anjo" (Sueli Costa/ Cacaso), "Bicho Homem" (Milton Nascimento/ Fernando Brant), "Aconteceu Você" (Guilherme Arantes), "Menestrel das Alagoas" (Milton Nascimento/ Fernando Brant), "Memórias" (Leonardo), "Coração do Agreste" (Moacyr Luz/ Aldir Blanc).

Música: Bela Mocidade - Bumba meu Boi de Axixá

Bela Mocidade - Bumba meu Boi de Axixá de Donato / F. Naiva

Quando eu me lembro,
Da minha bela mocidade.
Eu tinha tudo a vontade,
Brincando no boi de Axixá.
Eu ficava com você,
Naquela praia ensolarada,
E a tua pele bronzeada,
Eu começava a contemplar.

Mas é que o vento buliçoso balançava teus cabelos,
E eu ficava com ciúme do perfume ele tirar.
Mas quando o banzeiro quebrava,
Teu lindo rosto molhava,

E a gente se rolava na areia do mar.
Morena veja como é tão bonito
Quando a lua vem surgindo
E começa a clarear o mar
É quando eu me lembro
Dos tempos passados
Eu era o seu namorado
E vivia a contemplar
Naquela praia tão linda
Noite e dia a clarear,
O vento soprava forte

Querendo o teu lindo cabelo açoitar.
Naquela praia tão linda Noite e dia a clarear,
O vento soprava forte
Querendo o teu lindo cabelo açoitar.

Mas é que o vento buliçoso balançava teus cabelos,
E eu ficava com ciúme do perfume ele tirar.
Mas quando o banzeiro quebrava,
Teu lindo rosto molhava,
E a gente se rolava na areia do mar.

Música: Bumba meu Boi da Boa Hora

Bumba meu Boi da Boa Hora de Zeh Rocha:

Esquenta o bombo batuqueiro
Ninguém é dono do terreiro
Da festa,da briga e do amor
Ê menina me dá um trago de aguardente

Que eu tiro a loa pra vocêBumba-meu-boi da boa hora
Desperta o povo no colo da aurora
Rasga a barriga da noite ,vem se apresentar

Morto-carregando o vivo
Vive carregando a morte
Boi misterioso de afogados
Se perdeu de noite nos alagados

Bumba-meu-boi da boa hora
Desperta o povo no colo da aurora
Rasga a barriga da noite,vem se apresentar

Entra mateus bastião
Nas terras do capitão

Bumba-meu-boi da boa hora
Desperta o povo no colo da aurora
Rasga a barriga da noite,vem se apresentar

Desenvolvimento do Bumba meu Boi


A essência da lenda enlaça a sátira, a comédia, a tragédia e o drama, e demonstra sempre o contraste entre a fragilidade do homem e a força bruta de um boi. Reverencia o boi livre e napindoramas (pindoramas = indígenas - a palavra índio e indígena derivam da falsa impressão dos "descobridores" de terem chegado a Índia, sendo que a terra Brasileira era então nomeada por seus nativos de Pindorama).
A festa do boi-bumbá surgiu no nordeste do país, mas tivo da floresta Amazônica, bem como a alegria, sinergia e força das festas coletivas disseminou-se por quase todos os estados da Amazônia e Pará em especial o
Amazonas, visitado anualmente por milhares de turistas que vão para conhecer o famoso Festival Folclórico de Parintins, realizado desde 1913.
Do ponto de vista teatral, o folguedo deriva da tradição portuguesa e espanhola, tanto no que diz respeito ao desfile como à representação propriamente dita; tradição de se encenarem peças religiosas de inspiração erudita, mas destinadas ao povo para comemorar festas católicas nascidas na luta da Igreja contra o paganismo. Esse costume foi retomado no Brasil pelos
jesuítas em sua obra de evangelização dos indígenas, negros e dos próprios portugueses aventureiros e conquistadores no catolicismo, por meio da encenação de pequenas peças.
Como dança dramática, o bumba-meu-boi adquire através dos tempos algumas características dos autos medievais, o que lhe dá o seu caráter de veículo de comunicação. Simples, emocional, direto, linguagem oral, narrativa clara e uma ampla identificação por parte do público, tomando semelhanças com a comédia satírica ou tragicomédia pela estrutura dramática dos seus personagens alegóricos, os incidentes cômicos e contextuais, a gravidade dos conflitos e o desenlace quase sempre alegre, que funciona como um processo catártico.
Ao espalhar-se pelo país, o bumba-meu-boi adquire nomes, ritmos, formas de apresentação, indumentárias, personagens, instrumentos, adereços e temas diferentes. Dessa forma, enquanto no
Maranhão, Rio Grande do Norte, Alagoas e Piauí é chamado bumba-meu-boi, no Pará e Amazonas é boi-bumbá ou pavulagem; em Pernambuco é boi-calemba ou bumbá; no Ceará é boi-de-reis, boi-surubim e boi-zumbi; na Bahia é boi-janeiro, boi-estrela-do-mar, dromedário e mulinha-de-ouro; no Paraná, em Santa Catarina, é boi-de-mourão ou boi-de-mamão; em Minas Gerais, Rio de Janeiro, Cabo Frio e Macaé(em Macaé a o famoso boi do Sadi) é bumba ou folguedo-do-boi; no Espírito Santo é boi-de-reis; no Rio Grande do Sul é bumba, boizinho, ou boi-mamão; em São Paulo é boi-de-jacá e dança-do-boi.

Bumba meu Boi !?? O que é ?

A dança folclórica do bumba-meu-boi é um dos traços culturais marcantes na cultura brasileira, principalmente na região Nordeste. A dança surgiu no século XVIII, como uma forma de crítica à situação social dos negros e índios. O bumba-meu-boi combina elementos de comédia, drama, sátira e tragédia, tentando demonstrar a fragilidade do homem e a força bruta de um boi. O bumba-meu-boi é resultado da união de elementos das culturas européia, africana e indígena, com maior ou menor influência de cada uma dessas culturas. A dança misturada com teatro incorpora elementos da tradição espanhola e da portuguesa, com encenações de peças religiosas nascidas na luta da Igreja contra o paganismo. O costume da dança do bumba-meu-boi foi intensificado pelos jesuítas, que através das danças e pequenas representações, desejavam evangelizar os negros, indígenas e os próprios aventureiros portugueses. A história que envolve a dança é a seguinte: Um rico fazendeiro possui um boi muito bonito, que inclusive sabe dançar. Pai Chico, um trabalhador da fazenda, rouba o boi para satisfazer sua mulher Catarina, que está grávida e sente uma forte vontade de comer a língua do boi. O fazendeiro manda seus empregados procurarem o boi e quando o encontra, ele está doente. Os pajés curam a doença do boi e descobrem a real intenção de Pai Chico, o fazendeiro o perdoa e celebra a saúde do boi com uma grande festividade. O bumba-meu-boi possui diversas denominações em todo o Brasil. No Maranhão, Rio Grande do Norte e Alagoas a dança é chamada de bumba-meu-boi, no Pará e Amazonas, boi-bumbá, em Pernambuco, boi-calemba, na Bahia, boi-janeiro, etc.